PRISCAS

Uma lua, embrulhando minha noite.

E esticando, uma coberta prateada.

Poesia abrandada, em árduo açoite.

Tão dorido, é amar, sem ser amada.

Na janela, para o mundo, a passagem.

Gratuitamente, quando sonhando assim.

Garantindo, tão tristonha, uma viagem.

E,tu te levaste, para tão longe de mim.

Passageira, desse sonho ambulante.

Como uma estrada, sigo te buscando.

Soltando um olhar, ligeiro tão distante.

Retornando cansado, vez em quando.

As priscas sensações, já feneceram.

Permitindo uma lembrança, ir pairar.

Sentimentos estes, logo recolheram.

Arranjando sonho, para me dominar.