Falar de dor!


Dói tanto, pois tenho que falar com a alma...

Tenho tudo à minha volta
Mas nada me acalma...
Mas suponho, que é porque não encontrei o que eu queria,
Ai de mim, que preciso de alento,
Preciso de carinho, de compreensão,
Será isso impossível, nesta vida tão corrida?
Com pessoas que não gostam e não falam de seus sentimentos,
Cheias de incógnitas, vasta de sonho.
Contratempos, ventos e tempestades...
Que ameaçam derrubar-me,
Ai de mim que preciso, ser amada...
Ser vista, mas também enxergada...
E me levanto contra este e qualquer contratempo
Mas com dor no peito e já corroída pelo tempo...
Descontente por tantos encalços, sem jeito, sem eira nem beira...
Mas não quero e não vou admitir uma derrota,
Nem se quer uma ameaça, pois tenho fé,
Sou mulher, sou de luta, sou de raça...
Vou combater, vou lutar, me armar,
Colocar ao meu redor o meu escudo,
Revestido de amor, decorado de coragem...
Vou combater o derradeiro combate...
Colocar na frente um grande sorriso...
Uma luz intensa em meu olhar...
Pegar os retalhos desta vida...
Tecer uma nova, com flores coloridas...
Com beija-flores a visitá-la...
Com pintassilgos cantando...
Borboletas em revoada...
Um sol mágico e alaranjado...
O céu de um azul incalculável...
Vou sair com o peito aberto...
Olhar para frente e buscar o caminho mais certo...
Ai de mim...
Que preciso falar desta dor...