SUSSUROS DO SILÊNCIO

Quanta paz tão morta
na paisagem estática e inerte
há contida na frieza de paredes
surdas, mudas e brancas...

Clausuras
expõem fragilidades patéticas.

Destinos
se dispõem diferentemente
dos desejos
e quase faz sucumbir
amores, anseios e paixões.

Então cerrar os olhos,
ver o real das horas
tornarem-se pequenos pedaços
de passado recente...

Ouvir
sussurros dos silêncios
invadindo espaços,
devorando o agora...

Sonhar, 
nessa hora,
é imprescindível,
é essencial...

É o exercício possível,
para o quase impossível,
equilíbrio existencial
 
que insiste, demora, persiste
e teima ir embora.
Tecelão de Fantasias
Enviado por Tecelão de Fantasias em 10/10/2008
Reeditado em 05/08/2009
Código do texto: T1220989
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