A Janela dos meus dias

É florida

É rosada

É corrida

É caída

É cansada

A janela dos meus dias

tornou-se envelhecida

Cansou-se

Está rangendo...

Por que será?

A janela dos meus dias

É dotada de dote adotado

É silenciosa sem fala calada

É feliz, “fonotur”,

sem deterninar ao roteiro

Pois este é estudante

E ainda está por chegar

A janela dos meus dias

Está parada "in memorian"

Está presa nas costelas

Da cirurgia das vértebras

Do meu amor

A janela dos meus dias

É estudada e vigiada

Sente para lá e cinco para cá

Dos campos monográficos

De novos livros

Escritos para novas limas

A janela dos meus dias

Tem muita conversa

Tem travesseiro e pouca festa

Tem gente que passa

Sem ranger

E cachorro que late

E eu escuto do quarto andar

E pergunto à janela

Que não me responde

“Mundou”?

Mudou?

Moldou?

As suas vidraças?

Os seus azulejos?

A resposta está dentro de mim

A janela dos meus dias

É o meu coração

aventureiro

e andarilho.

Como se fosse

um beija-flor,

voa aqui,

pousa ali,

e procura adiante

um tesouro

escondido

em um ser

encantado

A janela dos meus dias

Tornar-se-á maior

Do que enternecimento deste mundo

Outras janelas se abrirão

Para o crescimento da

janela eterna e invisível

Onde pretendo morar

Em Belo Horizonte, 30 de setembro de 2008.

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 30/09/2008
Código do texto: T1203450
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