sentimentos e Amores

Me sinto tão sozinho, esquecido,

jogado pelos cantos como se eu

fosse um trapo velho e rasgado,

que depois de muito tempo, foi

se deteriorando, servindo apenas como

moradia para as traças e ácaros

que desde então, habitam em seu novo lar.

Em alguns momentos, sinto-me perdido

no silêncio do meu coração que mais

pareçe um beco sem saída, livre de

todos os sentimentos e amores,

retraídos pelo tempo, que eu nunca

soube esqueçe-los, mas eu soube guarda-los,

com muito carinho e conforto,

dentro do meu coração,

por motivos que até eu mesmo desconheço.

E nessa hora me sinto tão só, que

procuro mergulhar em meus pensamentos

para ficar ainda mais só, mais comigo mesmo.

Somente assim, irei aprofundar-me

no infinito dos meus pensamentos,

tentando encontrar uma resposta,

que responda o motivo da minha aflição,

da minha minha angústia, do meu isolamento,

do meu sofrimento, da minha felicidade

e da minha desistência de viver.

Vivo, somente para encontrar respostas

que possam dizer-me por que o meu coração,

baniu os meus sentimentos, expulsando-os

para sempre, jogando-os ao léo,

fazendo com que se percam para que

nunca mais voltem.

Navegarei no mar dos meus pensamentos,

em busca dos meus amores,

reprimidos pela minha memória,

que mandou-os para outra dimensão.

Chegando lá, tentarei não naufragar,

mas farei o possível para livra-los

do isolamento eterno, imposto por este lugar:

escuro, sombrio, obscuro e aterrorizante,

que mantém os meus sentimentos e os meus

amores, no mais profundo e horrível

dos sentimentos, a solidão, terei que agir

de pressa, para impedir que os meus

sentimentos se percam para sempre nestes

lugares, tenho que achá-los o quanto antes,

pois se ainda estiverem aqui,

não poderão se encontrar, tentarei evitar

essa tragédia porque se isso acontecer,

haverá um impacto, uma colisão que

talvez possa destrui-los, ou deixa-los

em transe profundo, igual a um sonâmbulo,

perdido no meio da noite escura,

sem rumo e nem direção.

poeta voador
Enviado por poeta voador em 28/09/2008
Reeditado em 25/10/2012
Código do texto: T1201752
Classificação de conteúdo: seguro