Dor albatroz

Minha voz está no silêncio destas palavras

que ajustadas

lavram este poema,

que declamado chora,

ficando sem querer ir embora,

embora triste.

E qual poeta e menestrel,

declamo e canto,

sorrio e choro.

Reproponho-me a ser feliz,

tendo–me em intérmino desprazer

que machuca e dói.

E assim sem ser ele um albatroz,

voa fugindo da dor

neste pousado desamor

que neste verso mesmo morre.