SOZINHO

Quem pode dizer uma palavra?

Quem pode contar uma canção?

Quem eu posso chamar de amigo?

Quem eu posso chamar de irmão?

Nesses anos todos sofri por amor

Sofri de solidão

Sofri como um samurai sem patrão

A lua sempre branca no céu

Ilumina minha espada branida

Posta em luta em causas sofridas

O peito dói, mas a vontade é férrea

E eu levo a serio meu destino

Solitário sigo meu destino

Cada noite de insônia

Eu penso em você

E toda noite insone

Tento te esquecer

Para que lutar se a causa é perdida?

Luto comigo mesmo

Como num círculo vicioso

Atrás da minha própria cauda

Consumo o brilho de outros olhares

Que me lançam na escuridão

Mas vivo em trevas plenas

Que envolvem meu coração