DEMÊNCIA

O que dá vigor ao ódio,

o que revolta a mente,

o que trai o preceito,

não estimula o demente.

Entre tantos defeitos,

nunca se procura saber,

que nada é bom,

que nada presta,

que somos bem limitados,

dentro do bem-querer.

Como num brincar dirigido,

somos todos fingidos,

de nomes originais,

encontra-se nas trevas,

a teoria da solidão,

onde nunca se encontra

uma infeliz solução.

A falta de validade

invalidam a dor.

Mas geram a mágoa

que estimula o rancor.

E o que não tem razão,

cega, maltrata, depende,

e não se pergunta

como faria o demente.

Onde ficou?

Ficou velha,

oca, roída,

a tal felicidade?

está cheia de veneno,

com o poder de serpente?

E o negativo

vem tal como doença;

impregnado,

auto-didático.

Mandando embora,

a indulgência da sabedoria,

o poder da dedicação.

Nascem os azedos e

os inconformados,

que dão forças à agressão.

Onde de uma imensa vontade

de colocar em “cheque”,

padrões indistintos,

que maravilhosamente,

são insolúveis,

vulneráveis,

simbólicos,

com vontade excepcional?

Processo cármico em instinto,

remontando o destino,

ou debilidade mental?

Não enfrenta a saudade,

não gosta do fim da tarde,

não ama, não vê, não sente,

O que então... tem noção?

Não existem pensamentos

que são levados ao vento.

Não valem para...

mas significam todas

as penas de fator,

que graças à desgraça

não têm graça e sabor.

A eterna busca

do julgador de idéias

tenazes mas infelizes;

que são só felizes,

quando trazem sofrimento,

burilando as chamadas do tempo.

Não se pensa,

não se brilha,

não se cala.

Dia e noite

noite e dia

ninguém é incapaz

só capaz

de amaldiçoar

uma bela

e imprestável vida.

Coisas...

São negociadores,

aproveitadores

de qualquer mercadoria,

que nunca foi humana,

não sente,

não é sentida...

Como gatos pardos

na noite sombria,

como vampiros

do não raiar,

como espelho quebrado

que não dá sete chances.

Vem o pior castigo,

que dá vigor ao ódio

que o tem o cheiro,

o cheiro do azar.

Suposta e,

magnificamente,

se fazem analisar,

enfrentam a maldade,

tornam-se pluralidade,

selvagem, lavagem,

de um dia considerado

o mais belo ser.

Por quê?

Silvania Mendonça Almeida Margarida

Janeiro de 1997

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 16/09/2008
Código do texto: T1180745
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