O BANHO*


Sou uma cabritinha do brejo
Gosto de me banhar
Em doces águas...
Entro no banho... Demorado...

Gotas brilham sobre mim
Pingos são estrelas
Que em meu dorso, e cabelos,
Escorrem cálidos no universo
Deste rosto, desafiando meus pelos...
Espelho... 
Fecho os olhos
Te vejo...

Quero sentir este afago...
Quente, morno,
Procedente e envolvente...
Estou só, e o tempo é meu,
Do meu espaço corpo-alma
Que numa trégua, me dá calma...

Ouço música suave...

Nem os acordes do violão

Me despertam deste transe,

Deste sonho...

Penso em você...
O que estaria fazendo...
Me beijando, é claro.

Que delicia de momento...
Amar é encantamento
Se é mágico, tudo pode.

E alimenta...
Esta fome, este desejo
Que me sacia no tateio,
No qual me faltas...

Remanso de minha pele,
Em teu riacho me vejo...
É geografia de contato estrelar,
Estando aqui, e tão longe,
Podes estar...

É quando melhor te sinto 
No ensejo, deste banhado,
Entre cachoeiras e eras,
Me transporto ao instante
No enquanto e no durante,
Em que sou anjo e sou fera...


Ibernise.
Indiara (GO), 16.09.2008.
Inédito!

*Núcleo Temático Romântico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.











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Enviado por Ibernise em 16/09/2008
Reeditado em 17/09/2008
Código do texto: T1180268
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