LÁGRIMAS DE SOLIDÃO

(Sócrates Di LIma)

Em um canto qualquer da minha sobrevivência,

Eu me encontro perdido.,

Encostado á solidão, me vejo sem paciência,

Então choro a tristeza do amor partido.

Lamento pelos meus destemperos,

Em não ouvir tua razão.,

E isto me faz em desespero,

Sem caminho, sem ação.

Eu choro na saudade do teu falar!

E minhas lágrimas frias percorrem meu rosto rubro.,

E pegam meus lábios trêmulos, quase a soluçar,

Não suportando a ausência, com o manto da solidão me cubro.

Prefiro ficar só, aqui no meu canto,

Amargurado por não ter conseguido de prender.,

Por não ter conseguido superar este encanto,

Que marcou minha alma e me faz agora fenecer.

Não quero que ouçam o meus soluçar,

Eu errei em não te compreender.,

Então ame deixa no meu canto chorar,

Por este amor que eu me culpo por perder.

Tens a tua vida turbulenta, seu sei,

Chorastes por diversas vezes no meu ombro.,

Mas, saiba que o que eu poderia fazer, eu tentei,

E me restou desse amor, hoje, apenas escombro.

Não te culpo pelo amor fracassado,

Culpo este meu coração bandido.,

Que não poderia se deixar ser amado,

Por toda a experiência de vida aprendido.

Se eu amei de verdade,

Foi por tentar mais uma vez ser feliz.,

Mas as mazelas do amor por crueldade,

Predestinaram seu fim, como se eu fosse um aprendiz.

Então eu choro! Choro por tudo que não conseguimos viver,

Choro por não ter tido a coragem de te surpreender.,

Com ações te trazer para perto do meu ser,

E uma nova vida a dois fazer renascer.

Então eu choro! Choro a tristeza desse amor trigueiro,

Na esperança de que o tempo nas suas proezas.,

Faça-me esquecer que me entreguei por inteiro,

E nunca mais me permitirei amar, com certeza.

E nas voltas que o mundo dá, eu possa esquecer este amor,

Que me foi bom, mas, não poderia sacrificar meu coração.,

E já que o fez, devo suportar incontinente esta dor,

E no meu canto, penar nas minhas lágrimas de solidão.

(Em 10/09/2008 - Registrada)