PRETEXTO
Suplica minh'alma num grito
As luzes do infinito
É um instante na semana
Que a vida exige para ela
Com as minhocas na latinha
Anzol na ponta da linha
Vou para beira do riacho
Em busca de solidão
Desejando estar comigo
Para o riacho eu sigo
O resto tudo é pretexto
Peixe mesmo, quase não os pego!
Ao relento assentado
Contemplo o céu estrelado
Sinto-me pleno neste momento
É o meu cósmico comungar
Deitado num colchão de palha
O sono em mim se espalha
Atevendo o prazer de dormir
Caio em gostoso sono
Com o sol da manhãzinha
Alimento as galinhas
Alí fico encantado
Vendo os grãos serem comidos.