Só (lidão)
Os pássaros não voam
As flores são solitárias
E os colibris se cansaram de voar
O Sol deitou tão cedo
Que a noite se fez o dia todo
E as borboletas tão leves e coloridas
Agora caminham, em preto e branco, pelos campos
As crianças não brincam mais como antigamente
E os animais, perderam a fidelidade de outrora
AS nuvens agora são sempre cinzentas
E o céu, de um azul-escuro intrigante
Há noite, mas não posso ver as estrelas
Há dia, mas não posso ver o Sol
Há cores, mas pra mim, são imperceptíveis
Havia amor, mas hoje não existe
Havia amizade, mas agora, só intrigas
Haviam sonhos, mas agora, são só cacos
Tudo isso porque você não está aqui
Creio que errei ao entregar-te minha vida
Meus planos, meus sonhos, meus medos
Achei que você era diferente, especial
E que iria me ajudar a construir meus sonhos
Ironia do destino ou não
Foi você que derrubou-os por terra
Agora, resta apenas procurar
O sentido de minha vida, que antes via
Nas flores que estão morrendo na janela
Ou nos peixes coloridos de meu aquário
Maldita solidão que só me prende
Ao lugar que, em todo mundo, é o que mais temo:
Dentro de mim mesmo!