Noite Perdida
A cerveja que não desce
O soluço que não vem
O olhar que não tem reflexo
A voz alegre e engasgada que não sai
A música que atravessa o ambiente (mas não os ouvidos)
Assim caminho pelo salão
Pisando a névoa sem norte
Que me leva a algum lugar (qual?) em círculos
De onde aceno à distância para a embriaguez
Que passa por mim sem comigo falar
E sem me apresentar seus amigos
Caminho de volta...
Desejo de retorno
E consciência da perda...
Do tempo que nos deixa para trás
Sono cansado
Mas não profundo
Apenas sono...
À espera da nova noite no mesmo salão