O CAVALEIRO DA PLANÍCIE

Planícies sem fins, uma visão muito aberta,
onde os sons da pata do cavalo, me desperta,
para um passado longícuo, passado de desgosto...
Onde cavalgo, sobre um sol causticante e tirano,
que sinto a me castigar, esse uivante minuano,
como se tentasse ferir, a frente do meu rosto...

Viajando pelas planícies, nesse tão calorento dia,
só tenho o vento, e o horizonte por companhia,
quisera que tudo isso, fosse apenas uma miragem...
Mas não é, por que ouço o canto do passarinho,
sou cavaleiro, que nessa planície ando sozinho,
mas ajudo a por vida, na solitária paisagem...

Cavalgando por essa pastagem verdejante,
tem a natureza em mim, seu único viajante,
caminhando lentamente, pela deserta imensidão...
Junto-me aos pequenos seres da natureza,
deixando para trás, um rastro de tristeza
que nunca se separa, do meu magoado coração.

Lembranças e saudades, de um recente passado,
que caminham em silêncio, bem ao meu lado,
embora tudo tão longe deixei, sozinho não estou...
Só, em silêncio,sem ninguem, sinto bem assim,
por isso, aqui sozinho, nessas terras do sem fim,
fugindo de um amor, que nada me restou...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 10/08/2008
Reeditado em 17/08/2022
Código do texto: T1121741
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