Gotas de Lágrimas

Vou andar na chuva...

Ficarei molhado;

Esconder-me-ei no vento...

para fugir da realidade;

O vento me esfria...

Quanto mais forte, me arrepia;

Fico cada vez mais encharcado,

Aos poucos me desfiguro...

Vou virando gotas...

Jogado ao chão.

Os céus não me olham;

As nuvens me cercam...

Atiram-me máscaras...

O vento assopra em minha direção, sem êxito;

Relâmpagos iluminam...

Mas revelam meu o avermelhado...

Vou virando gotas...

Permaneço no chão.

Porém, recebo abrigo.

Mas, já está sem forma, a minha mão.

Prefiro ficar na chuva...

Usarei a máscara

Deixarei os ventos me arrepiarem

Esperarei o sangue secar...

Voltarei com ele para a vida,

Seguirei de pé em outra direção,

Na chuva ou não

Vento, leve as máscaras e as partes encharcadas

Me seque as lágrimas.

Maximiniano J. M. da Silva - 13 de Março de 2007