MEUS CACHOS PRETOS DAS MANHÃS, DOCE ALANA
MEUS CACHOS PRETOS DAS MANHÃS, DOCE ALANA
Lembro que quando pulavas a sacadinha
Logo me apunhalava com um lindo sorriso....
Acenavas fraca contra a persistência dos ventos
E seus dentes abertos (tão roxos) mal se moviam.
Lembro daquelas manhãs inquietas que precisei
Do teu sorriso para sentir meus pés de volta.
As pernas de Alana serão sempre de Alana;
Suas palavras, porém, permanecerão mortas...
Lembro da menina lagarta bem perto de mim
Logo de manhãzinha, ao nascer do sol. Era
Parte da paisagem, amarela Alana... Até que
Os pregos de minhas mãos viraram pó
E o que restou do meu futuro virou bobagem
Até os garotos que não podiam tornaram-se
Homens e agora as lembranças são lembranças.
Mais do que de todas as outras, Alana, sinto a falta sua....