Pintura
Vou caminhando com as sobras,
Deixadas pelas desesperanças
Elas pousam, chegam como pássaros,
Em vôo livre...
Alimentam-se em instantes e partem
Encantadas ruas que se fazem sozinhas;
Com a chegada à madrugada
Às vezes vôo tão devagar sereno,
Que posso até cantar a tristeza
Distante o fantasma traz a melancolia...
Sinto-o mesmo dispersa
Que houvesse um mundo
Esquecido e tão deserto,
Que eu pudesse despertar
E descansar, está tristeza...
Entre as folhagens e assim então
Poderia pintar um...
Novo mundo...
Enamorado do esquecimento imortal
E assim voar...
Livre...
Dentre as sozinhas madrugadas!