SOLIDÃO

Apego-me a esperança
Cúmplice da solidão que habita meu ser.
Companheira deste amor incomensurável.
Irmã de segredos ocultos atrás da cortina diáfana do meu quarto.
Ah sinto-me só...!

Solidão e insônia amiúde perseguem-me e devoram-me vorazmente.
Afônica permaneço neste silencio devastador.
Ah, Sinto-me só...!

Como pássaro solitário ultrapassando fronteiras no cinzento do céu.
Como ilha deserta que mesmo isolada abriga incontáveis ninhos.
Como a lua cabreira no seu espaço vivendo rodeada de estrelas.
Como um barco solitário em alto mar, mas que transporta um alguém para além do horizonte.
Apego-me a esperança.
Sim... Quem sabe antes da madrugada chegar!
Através da força inelutável do destino...
Virá arrulhar e me fazer dormir.

 
Ah, Sinto-me só...!
 
Jorgely Alves Feitosa
Enviado por Jorgely Alves Feitosa em 22/07/2008
Reeditado em 11/10/2018
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