Sob a luz do luar
O tempo parece não passar
Os minutos se arrastam
Como infindáveis horas
Nas quais estou sempre a lembrar
Mas não há mais nada aqui
Apenas esta sombra no chão
Projetada sem asas
Para me lembrar da desolação
Nesta noite vejo o luar
A luz de Diana
Esta doce deusa
Que parece me amaldiçoar
Enfeitiçado por seu brilho
Permaneço a contempla-la
Por mais que queira alcançar-lhe
Jamais poderei toca-la
Deusa doce e cruel
Traz para si almas solitarias
Fazendo-as desejar-lhe
Mas permanece intocável no céu
Pobres dos que já não têm asas
Presos ao chão não podem voar
Presos à realidade querem algo melhor
Mas em sua solidão só podem sonhar