Noites absolutas
Perderam-se os sonhos
Quando deixaram de sê-lo;
Quando se quiseram concretos
E se desejaram reais.
Perdeu-se o encanto,
Quando levantou-se o véu
Que mascarava rostos,
Dourava idéias,
Alava seres
Mortais como eu.
Mais que o sonho perdido,
Que a fantasia não re-inventada,
Dói a lacuna agreste
Das noites absolutas,
Sem sombras,
Sem devaneios,
Sem estrelas.