Periferia

É madrugada, os cães ladram, rompe-se o silêncio

Passam na rua algumas almas que não se cansam

De bradar pelas esquinas em alta voz.

Penso comigo: será possível em altas horas o calar?

Não! Não, não tem por que se incomodar.

É a cidade, é a favela, é o paraíso,

Tudo tem preço, tem barulho, tem ruído.

Tem aventura, recomeço, e tem verdade

E o que me resta? O que me resta é a esperança

De um dia, ver todos, felizes no universo

Contemplando a simpatia da amizade.

Joseiton Nunes
Enviado por Joseiton Nunes em 13/07/2008
Reeditado em 18/07/2008
Código do texto: T1078657