Só
Eu tinha te escrito um poema.
Na verdade um versinho
E ele cabia na palma da minha mão.
No decorrer do dia, eu me vi sozinho.
Sem amigos, sem amor, sem problema.
Quebrado e largado, num canto escuro e no chão.
Levanto meus olhos tristes
E você não está ali
Procuro por quem me consola
Por quem me liberta
Desvio o olhar, mas continuam tristes
Você nunca sairá dai
A noite ao seu fim é o que me consola
O dia já claro, é o que me conserta.