Contradição

Saí à chuva para ver o infortúnio

de curar-me

em qualquer seio.

O furor...

O medo de achar-me perdido.

A culpa

e o desespero

me acompanharam

nos lençóis e nos gemidos,

nos beijos e nas carícias de menino.

Águas vão arrastando a lama...

Águas voltam...

Estou na cama.

Tudo é fruto de minhas mãos.

E o desejo é morte lenta por ocasião.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 09/07/2008
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