POESIA - MAL SEM CURA (MAL DE AMOR) - SOLIDÃO

Mal Sem cura(mal de amor)

(Onorato Ferreira Lima Filho)

Me pego triste no meu final de tarde.,

Com o peito preso e um nó no meu canto.,

Que me faz perdido em meio a essa saudade.,

De alguém que fez da minha vida um encanto.

Estou só, olho ao meu redor e vejo trabalho,

Meu coração insiste em me torturar.,

Angustiando-me e me fazendo falho,

Nos meus desejos, a ponto de querer chorar.

Mas, penso que um homem não chora,

Nem mesmo quando a dor lhe tortura.,

Nem mesmo quando seu amor vai embora,

Nem mesmo quando tudo isto é pura loucura.

Talvez esteja errado, há sempre um jeito,

Posto que a vontade de chorar é irresistível,

Transgride a intimidade e sufoca o peito,

Faz-me frágil, atormentado, sofrível.

Sinto-me perdido em um mal sem cura

Com medo de me perder na solidão sem volta.,

Aprisionar-me numa redoma escura.,

Gritar a ermo, sem ninguém á minha volta.

Ouço canções tristes que corrói a alma,

Transporta-me para um mundo distante.,

Que não é passado, nem futuro, obstante,

Seja um mundo presente, mas que me alarma.

Aos ouvidos uma musica de batida triste,

Mississipi, de Pussycat, tocando repetidamente.,

Possuindo meu coração me lembrando que ela existe,

E faz parte do sonho que a vida toda tive em mente.

Não é ela quem me tira a paz.,

Nem o amor que sinto que ultrapassou a paixão.,

Mas, a ausência, a saudade que me faz incapaz,

De estancar o sangramento desse meu coração.

Ah! Saudade que dói e insiste em me fazer sofrer,

Por esse sentimento capaz de me ter feliz e amargurado.,

Por esse amor que eu não quis ver nascer,

Nem tão pouco me fazer apaixonado.

Ah! Esse amor impiedoso e cheio de razões,

Que me tira até a razão de pensar.,

Mas é um amor que me traz fortes emoções.,

É o amor que me fez renascer, me fez novamente amar.

Ah!! Esse coração que não bate só apanha da vida que lhe absorve.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 08/07/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1070166
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