Quem sou
Apenas uma gota em meio ao mar
Uma estrela em meio à imensidão
Mais um raio de luar
Mais um vago coração.
Minha insignificante existência
Reflete-se no que passou
Pois como singela exigência
Quero ser o que não sou.
Ríspidas são minhas palavras
Bem como é o meu viver
Pois muitas são minhas mágoas
As que fazem meu sofrer.
A garotinha tola é o que sou
Que só por medo de fracassar
Viveu um sonho e acordou
Pois teve medo de sonhar.
Insignificante é o que sou
Sou como a estrela que não brilha
Como a chuva que passou
Quem por pouco se humilha.
Em meio ao pranto compreendo
Que o nada é o que sou
Pois unicamente entendo
Sou a dor que não passou.
Conformada então percebo
Que sou o nada e pouco sou
Pois como profunda mágoa
Sou aquela que não mudou.
Porém quando minha alma
Em mim padecer
Nada a mim restará
Além de poder morrer.
E se nem me acompanha a paz
No dia em que me for
De nada serei capaz
Nem mesmo de ter amor.