O fim
A cada pulsar inconstante
De um mísero coração
Vive uma vida errante
A garotinha sem ilusão.
Amargas são suas lágrimas
Tanto quanto são as do mar
Pois de tanto amar os sonhos
Já nem pode mais sonhar.
No brilho de seus olhos
Vive a sombra refletida
Pois a falta de amar
Arrancou-lhe o amor da vida.
Vivia insignificante
A garotinha a ver o mar
Com seu simplório e inconstante
Porém, belo jeito de olhar.
Sua doce sutileza
Em sua forma de sofrer
Sua solitária tristeza
Lhe arrancara o viver.
Em seus últimos suspiros
De seu pranto ofegante
Vivera os últimos momentos
Um coração palpitante.