O fim

A cada pulsar inconstante

De um mísero coração

Vive uma vida errante

A garotinha sem ilusão.

Amargas são suas lágrimas

Tanto quanto são as do mar

Pois de tanto amar os sonhos

Já nem pode mais sonhar.

No brilho de seus olhos

Vive a sombra refletida

Pois a falta de amar

Arrancou-lhe o amor da vida.

Vivia insignificante

A garotinha a ver o mar

Com seu simplório e inconstante

Porém, belo jeito de olhar.

Sua doce sutileza

Em sua forma de sofrer

Sua solitária tristeza

Lhe arrancara o viver.

Em seus últimos suspiros

De seu pranto ofegante

Vivera os últimos momentos

Um coração palpitante.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 05/07/2008
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