DÉDALO, O ARQUITETO

Nunca fui Dédalo

mas a andar

com passos certeiros

a esmo

criei o labirinto.

O labirinto:

cada coisa em seu lugar próprio

a sinalização precisa das esquinas

as árvores descarnadas no centro

o pó se acumulando

na retina.

Sol cegante:

o clique na máquina fotográfica

dos turistas.

Poema original de 05 de julho de 2007, reescrito neste instante, exatamente um ano depois, em 05 de julho de 2008.

Zuleika dos Reis.