Não poder

Não haverá o bastante,

para aquele que pouco ou nada teve.

Vida repleta de lacunas, espaços vazios,

sombrios... por vezes, tão frios...

rotações inalteradas de uma mesmice absoluta.

Torpes rotinas acontecidas em acasos previsíveis.

Passagens tristonhas, segredos que nunca foram ditos.

Resolutas questões, sentimentos aflitos.

E no peito, disparado, um coração que nada entende.

Crédulo na tolice de quem sempre e sempre se rende

ao amor que pode a qualquer momento acontecer.

Alvo fácil no meio de inumeráveis conflitos.

Consolo que ameniza a dor de quem não pode ter...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 04/07/2008
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T1064955
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