Nua em Devaneios
Pedaços de mim
se desfazem aos poucos,
no éter efêmero da solidão humana,
por demais humana.
Despida, sôfrega,
Sem lutas a disputar,
Entregue em estranha batalha.
Medo do frio que toca à pele
Medo da carícia da brisa morna,
escaldante,
luz bruxuleante
que me leva ao longe,
em penumbra,
em aridez corrosiva.
Tento,
Tento até o fim
Agarrar-me às vestes que jazem
já sem dona e sem destino.