Solidão

Nas amplas paragens

desse desalento,

ronda a solidão

a me fustigar.

O silêncio incide

sobre os meus lamentos,

meu olhar já cansa

de te procurar...

Minha alma evola

quase sem alento,

a saudade inventa

de me atormentar.

Rouba-me a alegria,

traz a nostalgia,

esmaece o ânimo

de meu caminhar...

Nesse clima triste,

paz já não existe,

só a dor persiste

a me torturar.

Me machuca o peito,

faz lembrar teu jeito,

na crueza mórbida

de me ver chorar...

(Sandra Sarmento - 2005)

(*) poema selecionado para integrar a antologia "Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - 2008", organizado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, cujo lançamento está previsto para o mês de julho/2008.

Sandra Sarmento
Enviado por Sandra Sarmento em 26/06/2008
Reeditado em 29/12/2010
Código do texto: T1053129
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