Solidão
Nas amplas paragens
desse desalento,
ronda a solidão
a me fustigar.
O silêncio incide
sobre os meus lamentos,
meu olhar já cansa
de te procurar...
Minha alma evola
quase sem alento,
a saudade inventa
de me atormentar.
Rouba-me a alegria,
traz a nostalgia,
esmaece o ânimo
de meu caminhar...
Nesse clima triste,
paz já não existe,
só a dor persiste
a me torturar.
Me machuca o peito,
faz lembrar teu jeito,
na crueza mórbida
de me ver chorar...
(Sandra Sarmento - 2005)
(*) poema selecionado para integrar a antologia "Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - 2008", organizado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, cujo lançamento está previsto para o mês de julho/2008.