Ventania

Ventania

Vento que sinto dentro de mim
avultando no meu peito.
Destroças a minha seara.
Feita mel, a brotar de dentro da minha alma.
Pobre seara de ilusão
que a nortada devastou.
Em vão  procuro silêncio e calma
Em vão me encubro dos teus risos de troça
Que soam da tua voz rouca e acelerada
Em vão clamo a ti vento que passas
em grandes cavalgadas soltas,
que açoitas, o Olimpo azul dos meus  pensamentos,
e transformas os meus sonhos em grotescos espantalhos,
desfeitos, esfarrapados, soltos, esvoaçantes, perdidos,
no silencio do nada,  de braços pendentes,
que por mim tinham sido abertos em cruz.
Crucificados
Cruz das sombras do meu coração

de. T,ta
21-06-08
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/06/2008
Reeditado em 13/07/2008
Código do texto: T1045620
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