Através das Janelas
"...Tudo segue naturalmente
pela vida desordeira
e eu ainda durmo de janelas abertas
destinadas às noites perturbadas...
Fico olhando a lua,
que se despede sem adeus
enquanto o sereno recolhe-se
às entranhas das flores no cio...
O sol desponta
fotografando esqueletos de pipas
que ornam as ruas esquecidas nos fios...
Os dias são todos iguais...
Descansam enfileirados
cumprindo a fantasia da natureza,
da poesia, e de mãos que escrevem
solitárias..."