Desnudar
Acorda!
À tarde de outono clama
Verdes folhagens deitaram a porta
E bicos voaram na rama
Escorregando a paisagem que transborda
Colhe o ninho que conforta
A espera anunciada de imagens
No deslumbramento que versa as origens
Revela o desenho dos seus desejos
O vento a desnudar os ensejos
Regozija e acalenta alma
Suave brecha executando o mundo
Subverte rompendo e fecundo.