Bem aventurada a solidão

Maldito aquele que não tem como amiga a solidão

Não sente prazer em si mesmo

Cujo espelho adoece o coração

Pobre infeliz acompanhado

Só encontra prazer em rosto alheio

Em busca desesperada e fugaz

Mendiga seu quinhão de paz

Feito agulha num palheiro

Dia e noite procurando se encontrar

Em outro corpo que não o seu

Luta vã, pobre diabo!

Ao se achar, descobre que se perdeu.