PARA O CORAÇÃO ACREDITAR

Meu coração é uma
Janela aberta,
Para coisa alguma,
Alguma coisa incerta;
Prumo que não apruma,
A minha vida deserta.

Certa é a solidão,
Que o envolve,
Absolve,
Transforma o sim em não,
O talvez em impossibilidade.

Felicidade?

Sorrateiramente passou...
Numa velocidade alucinante,
Sequer reparou,
Um olhar inconstante,
Suplicando para ela entrar,
Pelo menos por um instante,
O bastante,
Para o coração acreditar.