Deixei minha alma...

Deixei minha alma
descansando numa curva,
embaixo de uma árvore
e saí caminhando
à procura de meu passado.
O tempo passou
e minha vida inteira
estava na minha alma
que em algum lugar deixei...
Às vezes minha alma perdida
aparece nos meus sonhos,
outras vezes, nas canções
que a vida canta
à beira dos regatos ou
que chegam com o vento que passa...
Há certos dias que
a presença dela
se dá com maior intensidade,
que por ironia, ou por capricho
é sentimento forte e profundo,
nas noites silenciosas
da minha solidão...

                         
Vinhedo, 31 de maio de 2008.