A palavra
A palavra que segrega
vem de afago e puxa-saquismo,
"DNA da hipocrisia",
secura de um sorriso amarelo que escorre
fel do separatismo em natura
o líquido das castas que dividem
até o rés-do-chão da alma.
A lei da selva? Uma farsa cromática:
o forte pisa crânios,
o fraco ergue o monumento que
os esmaga na crença em ser base da pirâmide,
enquanto a escuridão
tinta permanente dessa anti-evolução
vira o cenário do sucesso.
Oh, inocente mastigado!
Te alimentam com bílis dourada,
regam tua humildade vegetativa
só pra você não morrer…
apenas servir até definhar.
Palavras que segregam
são facas de ticum:
cortam devagar como o algodão,
e o sangue que escorre
ninguém chama de sangue
chamam de "progresso".
Eu chamo de desconstrução
da humanidade
na sinfonia surda objetivista
do sagrado toma lá dá cá