A palavra

A palavra que segrega

vem de afago e puxa-saquismo,

"DNA da hipocrisia",

secura de um sorriso amarelo que escorre

fel do separatismo em natura

o líquido das castas que dividem

até o rés-do-chão da alma.

A lei da selva? Uma farsa cromática:

o forte pisa crânios,

o fraco ergue o monumento que

os esmaga na crença em ser base da pirâmide,

enquanto a escuridão

tinta permanente dessa anti-evolução

vira o cenário do sucesso.

Oh, inocente mastigado!

Te alimentam com bílis dourada,

regam tua humildade vegetativa

só pra você não morrer…

apenas servir até definhar.

Palavras que segregam

são facas de ticum:

cortam devagar como o algodão,

e o sangue que escorre

ninguém chama de sangue

chamam de "progresso".

Eu chamo de desconstrução

da humanidade

na sinfonia surda objetivista

do sagrado toma lá dá cá

DBara Arruda
Enviado por DBara Arruda em 18/04/2025
Código do texto: T8312405
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