LEMBRANÇAS VIVAS
Uma antiga canção que guardei no coração, uma lembrança de amor.
Você, a mais doce das dores,
De todos os amores, o que mais me seguiu.
Dos caminhos que eu trilhei,
O mais inesperado e o que mais me conduziu.
O meu mais belo risco,
A contradição que ainda habita em mim.
E sem aviso,
a saudade me invade assim.
A verdade mentida,
A brincadeira que virou minha canção.
A mais pura loucura,
O mais certo desvio do meu coração.
Das sombras que a memória ilumina,
Você é a que dança sem fim.
E assim, como um verso que insiste,
Me faz te sentir de novo em mim.
Não tentei apagar seu vestígio,
Deixei que a lembrança fluísse em paz.
Porque há marcas que são eternas,
E a sua, por sorte, nunca se desfaz.
Você, meu paraíso incerto,
A tempestade que acalmou meu ser.
O sonho mais vivo
E o despertar que eu quis sempre ter.
Das sombras que a memória ilumina,
Você é a que dança sem fim.
E assim, como um verso que insiste,
Me faz te sentir de novo em mim.