Pseudo-paixões - POEMA
Pseudo-paixões,
as paixões que não podem ser paixões.
Ficaram na mente, perdidas no tempo,
girando em voltas, remexendo o denso,
sonhos dispersos, imagens em vão,
ecos que dançam na imaginação.
Cenários possíveis de um ser inquieto,
mas nunca chegaram a um tom concreto,
foram ideias, desejos e nada,
fantasias jogadas na estrada.
Ah, pseudo-paixões, tão vívidas, quentes,
com toques, com cheiros, tão persistentes,
mas tudo não passa de um eco ligeiro,
será que algum dia seria verdadeiro?
Pseudo, ingratas, paixões sem cor,
não vivem, não morrem, só deixam sabor,
perturbam as noites, pesam no chão,
são sombras que gritam no meu colchão.
A pseudo, pseudo razão de insistir,
em algo inútil que insiste em luzir,
como um clarão na mente em Platão,
como um dilema sem solução.
Miserável imaginação,
desliga logo ou pede perdão.