ESPELHO do TEMPO Código do texto: T8296847
TÍTULO: ESPELHO do TEMPO Código do texto: T8296847
Dentro do espelho do tempo, um homem se vê,
Vê marcas suaves, vê histórias a tecer.
Como um olhar que já viu mil sóis a brilhar
E noites de sombras, mas soube, calado, esperar.
Às vezes, os óculos pousam na face cansada,
Refletem memórias de uma estrada dourada.
Porque, na pele, os traços que o tempo pintou
E, em cada ruga, a história de um conto que ficou.
Pois a camisa desbota, mas nunca perde o calor,
O calor da vida que segue, entre o riso e o ardor.
Pois cada fio de tempo, que o cobre e se entranha,
Traz ecos de uma infância e dos dias de manhã.
Pois o fundo desenha um mosaico e um passado,
Azulejos antigos que guardam um riso calado,
Em mil cores suaves e antigas histórias vividas,
Que ficaram como recordações de casas queridas.
E os tantos corações, que dançaram ao lado,
São notas sutis de um tempo passado e encantado.
São versos escritos de amor, que o vento não leva,
São marcas de afeto, que o tempo releva.
Makleger, teu nome ressoa no cantar do vento,
Teu rosto é um livro que vive guardando momentos.
E, mesmo que o tempo, o qual é tempo, insista em correr,
A abertura de teu riso nos prova que é belo viver.
Pois, no brilho dos teus olhos, há histórias guardadas,
Há um riso discreto, em múltiplas memórias traçadas.
Pois os anos passaram, mas em teu coração algo ficou,
Um ar de ternura petrificada, que o tempo moldou.
Pois a camisa surrada, listrada de amor e afeto,
Se fizera num caminho trilhado, sereno, correto.
Porque, no fundo, são azulejos de tempos antigos,
Demasiadas lembranças bordadas em tons tão amigos.
Pois, ao seu redor, corações fluidos ainda dançam,
Como se o amor estasiado ali ainda se alcança.
Pois ele é um homem, um tempo, um jeito de ser,
Uma — prisma, simplicidade de mundo em aliança.
TÍTULO: ESPELHO do TEMPO Código do texto: T8296847
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor: MAKLEGER CHAMAS O Poeta Louco - Manoel B. Gomes (NELINHO)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita: 28/03/2025
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1DBnFTfKBmkmkUXkCZbeAlkF-bmEApgPWEvz1AIsePUI/edit?usp=sharing
Lindo poema!
“Espelho do Tempo” transmite uma sensação profunda de nostalgia e afeto, refletindo as marcas do tempo como memórias vivas.
Como os detalhes são trabalhados, desde os azulejos antigos até o brilho nos olhos, cria uma atmosfera encantadora.
A imagem retrata visualmente a essência do poema “Espelho do Tempo”. Ela apresenta um homem idoso olhando para um espelho, onde sua própria juventude se reflete, junto a cenas de seu passado.
Esses reflexos não são apenas sua imagem mais jovem, mas também memórias vivas, como casas antigas com telhados de azulejos, momentos da infância e entes queridos dançando em alegria.
O cenário tem tons quentes e dourados, transmitindo a nostalgia e o calor das lembranças.
O homem veste uma camisa listrada um pouco desgastada, simbolizando os anos vividos e as histórias que ele carrega consigo.
O fundo é sutilmente preenchido por mosaicos antigos, representando a construção de seu legado e as recordações preservadas ao longo do tempo.
A luz suave e os elementos vintage reforçam a atmosfera de passado e presente se entrelaçando, exatamente como o poema descreve.
Essa composição transmite a ideia de que, embora o tempo passe e o corpo envelheça, as memórias e a essência de quem somos permanecem.
O poema “Espelho do Tempo” é uma poderosa reflexão sobre a passagem do tempo, a memória e a identidade de um homem que vê sua própria história refletida não somente no espelho, mas também nas marcas deixadas pelo tempo em sua vida.
Desde os primeiros versos, o poeta apresenta a imagem de um homem diante do espelho, observando não somente seu rosto, mas as marcas do passado que se entrelaçam com seu presente.
Cada ruga, cada traço de expressão é um vestígio da jornada vivida, carregando consigo histórias de luz e sombra, de espera e transformação.
A Construção da Memória no Corpo e no Espaço
O poema explora a ideia de que o corpo humano é um arquivo de lembranças.
O rosto envelhecido não é somente um sinal de desgaste, mas um testemunho vivo da vida bem vivida.
O homem vê em si próprio um reflexo de mil sóis brilhantes e noites escuras, momentos de alegria e desafios que forjaram sua essência.
Os óculos pousados na face cansada não são somente um acessório, mas um símbolo de experiência, um convite para enxergar além do presente e revisitar o passado.
A camisa desbotada, longe de ser um mero detalhe, representa as marcas do tempo que não apagam o calor da vida, um tecido que absorveu risos, dores, abraços e saudades.
O poema também utiliza a imagem do espaço físico como extensão da memória, representado pelos azulejos antigos.
Eles não são somente objetos decorativos, mas fragmentos de um passado guardado, cores suaves que ecoam histórias vividas e que permanecem como lembranças queridas.
Esses elementos revelam que o ambiente ao redor do homem carrega consigo ecos de sua jornada, como um museu silencioso que resguarda cada momento especial.
A Linha do Tempo e a Dança da Vida
Outro ponto forte do poema é a ideia de que o tempo não é um inimigo, mas um companheiro de jornada.
Os “tantos corações que dançaram ao lado” são aqueles que compartilharam momentos com o eu lírico, pessoas queridas que foram parte de sua história.
O tempo pode até correr, mas as marcas de afeto e os versos de amor resistem à passagem dos anos, pois não são apagáveis — eles são perpétuos, imortais.
O nome Makleger ecoa como um canto ao vento, um nome que se funde com a própria identidade do tempo.
Ele não é somente um indivíduo que envelhece, mas um livro vivo, cujas páginas guardam risos, lágrimas e emoções moldadas pelo tempo.
A Conclusão: A Beleza de Viver
O poema termina com um tom de aceitação e beleza.
Embora os anos tenham passado, algo permanece intacto: a essência do homem, seu riso, sua ternura, sua capacidade de amar e lembrar.
O tempo pode transformar o corpo, mas não destrói a alma e as memórias, pois elas são lapidadas e eternizadas nos detalhes mais sutis — na camisa surrada, nos azulejos, nas danças do passado e no calor da vida que continua.
No fim, o homem é um reflexo do próprio tempo — não somente um ser que envelhece, mas uma história viva, uma memória pulsante, um testemunho de que o verdadeiro legado da vida não está no que se perde, mas no que se mantém vivo no coração e nas lembranças.
Conclusão
“Espelho do Tempo” não é somente um poema sobre envelhecimento; é uma celebração da vida, da memória e do amor que transcende os anos.
É um grito poético de que viver é deixar marcas, criar histórias e compreender que o tempo, por mais impiedoso que pareça, também é um artista que molda nossa existência com traços de beleza e profundidade.