O Amor, nos desafios da família moderna

Entre relógios que não perdoam,

Entre *cifras que nos esfolam—

Dói no ar: onde fica o amor?

Nas telas que sangram no escuro,

Nos silêncios— muros do futuro...

Ecoa a dor: onde fica o amor?

Pai chega em cinzas, mãe em pó.

A mesa posta, o prato um nó.

O jantar queima, o tempo rasga,

E a infância é um postal que falta.

O mundo cabe num clique,

Mas o abraço já não se explica.

Os likes enganam a solidão,

Mas quem escuta o coração?

O ontem pede tradição,

O hoje quer revolução.

Entre o certo e o novo,

Quem sara a divisão?

A mente cansa, o peito aperta,

A conta não fecha, a dor é certa.

E no meio do caos, sem fazer alarde,

O amor se esconde—ou será que parte?

O mundo contido num toque,

Mas o abraço virou símbolo.

Os likes iludem a escuridão—

Quem ouve o grito do irmão?

O ontem clama perdão,

O hoje exige voz e ação.

Entre o velho e o vento novo,

Quem tece a ponte do abandono?

A mente erra, o peito chora,

A conta é um laço, a dor ignora.

E no caos, sem bandeira ou mapa,

O amor se apaga... ou só se retrata?

Mas se há estrelas na varanda,

Se um *"como foi?"* ainda germina,

Se a guerra é santa, mas a mão insiste—

O amor não morre: reinventa-se.

Entre cicatrizes e broto,

Entre ferida e rebento,

O amor não some—

Luta no lume.

E se um dia a casa arder

Que seja de tantos querer.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 27/03/2025
Reeditado em 28/03/2025
Código do texto: T8295811
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