O mar! Ah, o mar!
Ah, esses oceanos, onde navegam homens, peixes,
ondas e marolas se confundem, nesses movimentos.
O que levam em suas viagens eternas, nesse vai e vem?
Mar de inquietas águas, ventos solitários como companheiro...
Em suas escumas os mares enfeitam-se, revigoram-se.
Deleito-me com seus movimentos anárquicos, balouçando, balouçando,
deixando-me levar entre brisas e paisagens, pisando areias macias.
Nesse mar que transborda, me perco entre poemas e grãos de areias.
Não bastasse suas ondas, seus trejeitos, suas largas margens,
perco-me nesse caminho que o mar conduz, entre nuvens e marolas...
Ah, esse mar, esse fascínio, essa imensidão de praias perdidas,
esse horizonte infinito de águas que nunca cessam, nesse vai e vem!
Ah, mares e seus desassossegos!
Ondeiam esse mares, seguindo seus destinos...
O que esconde esses mares no seu fundo, profundo mar?
Ah, mares com tanta claridade e tempestades, que me fazem sonhar!