O caminho é o lugar
Faz tempo que eu notei—
existir não basta.
Não cabe em respiro raso,
em passos pálidos, vagos,
sombras de si, sem chão, sem alma.
Viver... é cair sem medo,
é rasgar certezas no peito,
abrir-se ao vento cortante
e, mesmo ferido, dançar.
O tempo sussurrou em cicatrizes—
fim de linha é areia nos olhos,
miragem que dança e some no vento.
E a verdade? Não mora na chegada—
pulsa na estrada,
na poeira dos pés que nunca param.