TEMPO DE SER

Há um tempo de ser

e um tempo de não ser.

Houve um tempo em que eu não era,

caminhava sem ver,

seguia sombras,

ouvia vozes que não me pertenciam.

Hoje, sou.

Não mais que ninguém,

apenas desperto para um outro olhar,

uma nova estrada

onde os passos fazem sentido.

Integro-me a um todo mais amplo,

onde o véu se desfaz

e as perguntas encontram

um chão mais firme.

Às vezes, o que fui e o que sou

se encaram como estranhos,

duelam na fronteira da consciência.

Mas o ser avança,

vence,

se impõe como verdade.

Será isso maturidade?

Ou apenas o fluxo inevitável

do tempo de ser?

Tião Neiva

TIÃO NEIVA
Enviado por TIÃO NEIVA em 25/03/2025
Código do texto: T8293957
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