A dança do Tempo

A vida é um fio que nos foi tecido,

Em casa, a bordar, sem pressa ou receio.

Quando se vê, o instante já é partido,

E o relógio murmura horas sem desejo.

Meia-noite, sexta-feira, um ano, um dia,

Tudo se esvai, sem pausa, sem demora.

Agora é tarde, a chance se perdia,

E a vida, que era tanta, já não sobra.

Mas se um dia outra chance me surgisse,

Nem olharia o tempo a me rondar.

Seguiria em frente, leve, sem cilada,

E as horas, como cascas, eu jogaria,

Douradas, inúteis, a se perder no ar.

O tempo é um rio que não cessa o fluxo,

Carrega sonhos, memórias, paixões.

Mas na corrente, há um segredo oculto:

Viver é dançar nas suas próprias mãos.

Cada instante é um verso, uma canção,

Um compasso que ecoa no infinito.

E na dança do tempo, a emoção

É o que nos faz sentir plenamente vivo.

Então, que sigamos, sem medo ou receio,

No ritmo do tempo, no compasso do ser.

Pois a vida é breve, mas o amor é eterno,

E no fim, o que resta é o que soubemos viver.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 24/03/2025
Código do texto: T8292719
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