Bytes, Likes e Superficialidades

Nas sinuosas curvas dos bytes,

Expõe de ti nas redes as vaidades,

De quem tem pouco a mostrar,

Sem conteúdo a reverberar,

Pois vives na aparência visual,

Buscando seguidores no virtual,

Rifando caras, bocas e corpos,

Reduzindo-te a enunciados rasos,

De quem dá valor à sedução vulgar,

Pois não há um pendor interno a revelar,

Na caçada pelo recorde de Likes,

Troca sentimentos reais por fakes,

Se alimenta de uma torpe ilusão,

Por não suportar a triste solidão,

Tenta o sucesso em aplicativos digitais,

Em companhias de cama superficiais,

Prazer nenhum ou instantâneo,

Sustentando um "estar" momentâneo,

Como castelos de cartas frágeis,

Que desabam com sopros ágeis,

Em vãs apostas em tortuosidades,

Desnuda a alma de superficialidades,

Vende-te por qualquer moeda,

Na roda dos expostos em queda...