Vertical de sentimentos

De tantas e quantas coisas

Que fiz ou tentei ser

Hoje desapego, não nego

Apenas observo o que ficou

Como quem se vê

Numa vertical de sentimentos

Em uma planície desolada

De solidão e quietude

E nesses breves momentos

Tudo se transforma em minha mente

Até mesmo quando olho essa gente

Que vaga na esperança de ter e ser algo

Então eu vago

Divago entre tantas perguntas

Sobre águas pesadas

Como se não me reconhecesse

Há uma clara distorção

E eu estou nela, sou ela

Em meio a uma vasta multidão

Que vê a vida passar pela janela