O eco dos séculos

O eco dos séculos

Eu sou a voz que ecoa na imensidão do tempo, o pensador errante entre as incertezas, os caminhos que cruzam as fronteiras. Eu sou o viajante das estradas sinuosas, o idealizador das ideias, aquele que não se preocupa com os abismos. Aquele que recolhe as palavras e as reflete.

Escrevo porque preciso gritar para o mundo que a poesia está viva; aprisionar o pensamento é um crime. Cada palavra escrita mando para o vento que sussurra e abre portas invisíveis. Posso traçar caminhos para outros seguirem; não possuo a verdade, mas a persigo com a mesma paixão de um alquimista, transformando o silêncio em significado, destilando da vida as essências escondidas.

Filósofo da tinta e do espírito, busco em cada escrita levar a verdade em um todo, o diálogo entre o homem, a razão, a alma, e a transitoriedade da existência, a eternidade de um pensamento. Não escrevo apenas por mero prazer, mas pela necessidade de deixar ideias que podem ser semeadas em terras férteis, de acender a luz em mentes estúpidas. Cada letra é uma faísca, um clarão de fogo antigo que ilumina a caverna da ignorância.

Pergunto às estrelas, à lua que responde distante, pergunto à terra e recebo em resposta um silêncio profundo. Pergunto ao homem, e em seu olhar perdido descubro que ele ainda busca por algo que, mesmo com propósito, não encontrou. Um momento de verdade e lucidez, algo que o liberte do vazio que sufoca sua alma e aperta seu peito. Uma ponte entre mistérios e mundos, voz que, acima da inércia, não teme o esquecimento.

Se meus versos encontrarem um refúgio, uma faísca numa alma adormecida, então terá valido a pena, porque a poesia é a alma do poeta.

Poetisa Luzia Couto

Lei 9.610/98

25/02/25

Ipanema, Minas Gerais Brasil

Poetisa Luzia Couto
Enviado por Poetisa Luzia Couto em 26/02/2025
Código do texto: T8272980
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