Equilíbrio

 

Qual é o peso da minha alegria,

se a balança oscila sem parar?

Se o que espero se desfaz em névoa,

e o que tenho insiste em faltar?

 

Tento segurar o tempo nos dedos,

mas ele escorre, feito um rio sem fim.

Será que sou dono dos meus próprios medos

ou eles que tomam conta de mim?

 

Varro verdades para debaixo do ego,

visto um sorriso que não me serve,

Mas onde se esconde a paz que eu queria,

se tudo que vejo se esvai, se desfaz, se desdém?

 

Eu quis ser livre, eu quis ser como o vento,

mas a liberdade tem um preço 

Se sou feito de sombras e desalento,

como olhar pro sol sem me cegar?

 

Molde-me, apague esse sonho,

desfaça o que eu nunca aprendi a ter.

E antes que tudo se torne um eco,

me ensine ao menos a viver.

DinoNS
Enviado por DinoNS em 08/02/2025
Reeditado em 08/02/2025
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