INEXPLICA-velmente
Nossa estrada se separou, surgiu uma rotatória
e em poucos giros, eu, você nos tornamos
… nós … Engraçado!
Não deveríamos ser um?
O romântico nos tornou ébrios. A bebida azedou
e a lua escureceu. Feitiço?...
Culpa de Áquila.
Sem sonhos, nada de ré-
começo. Menos concerto.
Mudanças não aconteceram.
O para sempre sumiu e agora, a princesa não
necessita mais de dragão e menos ainda de:
proteção. É tudo tão duro que limão torna-se doce
pedra virou gelatina e a saudade partiu desta.
Pégaso! Onde estão as tuas asas?
Prometeu, Perseu, Isis… passaram.
Agora sou eu girando, vasculhando, gritando
resfolegando… Pensando…
Onde andará este meu desejo de amar-te?
Novamente. Não na mente, no cora
a ação da minha mão. É assim que
se ama, mesmo se confiança fora
um adereço a parte. Maldade!
Vontade de retornar aos braços teus.
Beijar-te sem medo de morder-te os lábios
menos ainda ferir-te o teu nobre
coração… endereço do meu
resistir… coexistindo no âmago
desta tua alma jovem um tanto quanto melindrosa
mimosa… cheirosa… gostosa de se viver, com pa
de cer. Meu divino ser.
Aurora deste meu envelhecer
tão perto de morrer.
Deite aqui ao meu lado, somente para eu sentir
teu aroma e gozar de teu calor… meu divino amor.
Tremor.
Fui! Outra dimensão me aguarda.
Isso se chama divórcio…
Afastaram-nos, negando-nos
aquele direito se sermos em um só.
Dó… ré… mi. Um fundo musical
Sol da minha vida. Transmutação dos sentimentos
que nos fizeram sorrir um dia.
Agora! Não se costura
mais o envies do nosso
desejo profundo de sermos:
eu
tu
nós
vós
eles… sem ele, por favor.
A demência tornou-se nossa maior inimiga. Foi aí que
o rio se dividiu, os trilhos se abriram
e em algum lugar tomamos rumos diretos.
Querias um homem a tua, altura meticulosa, perfeicta,
entretanto vives com um anfíbio escamoso, garboso,
envenenador de peles alheias. Veja! Minha pele sangra
transborda o passado pérfido um presente mórbido
e aquele futuro… inexistente.
Certamente! Estamos n’outras… realidades, cujo cataplasma
impede-nos de contemplarmos o quanto somos belos jovens
senhores, plenos de sabedoria vivida. No entanto, a fé nos falta.
sendo que a Confiança hoje, é uma minuta lançada no cartório de:
protestos. O espelho da sala me engorda
Casualmente ele me mostra minhas rugas. É um pentenlho esse
cara pálida da sorte. Devo quebrá-lo?
É melhor morrer em silêncio que padecer gritando. Implorando.
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Eu te amo.
Ressuscitei. Porque você é
o meu paraíso. A minha pequena
Eva, esposa de um quadrúpede
enquanto tu serás sempre para
minha fortaleza, a minha
r
e
g
i
n
a
“Minha linha”.
Vivo sem ela.
Completas-me
mesmo eu sendo assim:
eu no mesmo centro.
Carente.
Eugênio Costa Mimoso
Editada em 27.01.25